quinta-feira, 17 de maio de 2012

Suplentes de vereador suspeitos também são afastados

Quatro parlamentares investigados por peculato e formação de quadrilha não vão assumir vagas abertas na Casa Legislativa do município. Imagem: Nando Chiappetta/DP/D.A Press/Arquivo



A Câmara de Vereadores de Ipojuca, no Grande Recife, deve prosseguir seus trabalhos sem a atuação dos “suplentes suspeitos”. Quatro parlamentares investigados por peculato e formação de quadrilha não vão assumir uma das seis vagas abertas na Casa Legislativa do município. O problema é que este processo é o mesmo movido contra os parlamentares que foram afastados pela Vara Criminal da cidade na última semana. Num ofício enviado ontem pela manhã à Câmara, a juíza Andréa Calado decidiu estender a punição aos suplentes Amaro Alves (PSL), Leno (PSL), Gilson Fica Frio (PRP) e Elias Pintor (PSL). Todos fazem parte da coligação “União: o Trabalho Continua” e devem permanecer afastados do poder.

A decisão judicial anulou a hipótese de mais uma instabilidade política na Casa. Havia o receio de que, logo após a nomeação, estes vereadores fossem afastados. A Procuradoria da Câmara anunciou que amanhã será realizada uma convocatória dos novos suplentes, que também pertencem a mesma coligação, mas não estão envolvidos em denúncias.

Entre os convocados, podem assumir as vagas, em caráter imediato, os suplentes Adeildo do Sindicato (PDT), Irmão Genival (PDT), Amara Marchante (PSL), Fal (PDT), Roseane (PDT) e Dorinha (PDT). Logo após a convocação oficial, estes candidatos devem apresentar documentos pessoais (como identidade e diploma de suplência) em até cinco dias para tomar posse do cargo.

Mesmo sem dar expediente na Câmara, os seis vereadores afastados Nem Batatinha (PDT), Paulo Augostinho Lins (PDT), Júnior Alves (PSL), Carlos Guedes Monteiro (PMDB), Valter Pimentel (PMDB) e Fernando Oliveira (PSL) devem continuar recebendo salários até a “finalização do mandato” neste ano ou até o término das investigações judiciais. O vereador em Ipojuca recebe, por mês, R$ 4,9 mil de salário. Com a entrada dos seis suplentes, a Casa vai desembolsar R$ 29,4 mil a mais no pagamento de políticos.

Por Tércio Amaral

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