quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mais de 50 tremores secundários na Itália, 17 mortos e 14.000 fora de casa


Cerca de 50 tremores secundários foram sentidas na noite de terça para quarta-feira na região de Emilia Romagna, no nordeste da Itália, onde um terremoto, o segundo em menos de 10 dias, deixou pelo menos 17 mortos e 14.000 desabrigados e desalojados.
O “maio negro” que a Itália viveu deixou no total 23 mortos, se forem somados os seis do primeiro sismo ocorrido no dia 20 de maio, além de 350 feridos e 14.000 pessoas fora de suas residências. Milhares de desalojados vivem um pesadelo depois de terem voltado para suas casas devido às contínuas réplicas.
O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) prevê mais fortes tremores e não descarta novos terremotos como o de terça-feira na região, o que alimenta o medo. Ao meio-dia desta quarta-feira, os bombeiros recuperaram em Medolla o corpo de um operário preso sob os escombros de uma fábrica, a vítima número 17.
A maioria das vítimas é de operários que retornavam para trabalhar nas fábricas após a pausa causada pelo primeiro tremor. Onze trabalhadores perderam a vida no desabamento dos locais em que trabalhavam, o que suscitou polêmicas sobre a ausência de normas mais severas para a construção de galpões industriais.
Os promotores de Modena anunciaram a abertura de uma investigação judicial pelo desabamento de várias fábricas nessa região, eixo central das pequenas e médias empresas italianas.
“A política nacional para a construção de imóveis industriais foi suicida”, denunciou o promotor de Modena, Vito Zincani. Tremores secundários continuaram sacudindo nesta quarta-feira a província de Modena, capital mundial do vinagre balsâmico. Segundo os geólogos, na planície Padana o solo é mole, quase líquido, o que faz que a terra possa oscilar durante muito tempo.
Fonte: AFP

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