terça-feira, 22 de maio de 2012

Lula quer fechar acordo com Eduardo Campos


(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

AE – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer fechar com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o apoio do PSB à chapa de Fernando Haddad em São Paulo antes do dia 2 de junho. O objetivo é evitar que o partido chegue sem nenhuma aliança no encontro municipal de delegados que vai referendar o ex-ministro da Educação como candidato à Prefeitura de São Paulo.
O objetivo da cúpula do PT é anunciar alguma parceria eleitoral, com pelo menos um partido, antes do evento para demonstrar que Haddad não está sozinho e consegue agregar outras forças políticas. O encontro do ex-presidente com Campos está previsto para esta semana.
Aliados tradicionais do PT, como o PCdoB, recusam-se até o momento a fazer parte da aliança e ensaiam uma candidatura própria. O PSB é o alvo preferencial do PT por causa do compromisso assumido em janeiro por Campos com Lula de que não caminharia com José Serra (PSDB). Em troca, o PT teria de abrir mão da candidatura em cidades estratégicas para o PSB.
Os petistas, que ainda enfrentam dificuldades para compor em algumas cidades – como Franca (SP) e Ferraz de Vasconcelos (SP) – correm para finalizar os entendimentos e entregar na mão de Lula uma lista com os gestos feitos pelo PT em prol do PSB, que devem incluir Boa Vista (RR), Macapá (AP), Duque de Caxias (RJ) e Mossoró (RN).
Integrante da coordenação da campanha de Haddad, o vereador Chico Macena afirmou nesta segunda que o partido já dá como certa a aliança com o PSB. A única pendência, disse, é Franca. Na contramão do discurso, o vereador do PSB, Juscelino Gadelha, negou ser apenas esse o impasse para a aliança e declarou também ter posto na mesa a situação de Taboão da Serra. “Já conversei com Rui Falcão (presidente nacional do PT)”, disse.
Segundo dirigentes do partido, embora traga problemas para Eduardo Campos, o imbróglio envolvendo as prévias do PT no Recife não deve afetar o apoio do PSB a Haddad em São Paulo porque a capital pernambucana não estava no pacote de negociação entre as siglas.

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