terça-feira, 29 de maio de 2012

“Há o nosso campo e o do governador”, avisa Jarbas


(Foto:Divulgação)
Por Jamille Coelho
Da Folha de Pernambuco
Apesar de direcionar suas ações e discursos para a política nacional, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) classificou a atual conjuntura do Recife como “um quadro bem delineado”, visto que essa será uma eleição bem definida de campos. “Há nosso (de oposição) e o do governador Eduardo Campos (PSB)”. Ele procurou deixar claro que sua aproximação com o socialista não irá interferir nas eleições municipais deste ano. Ontem, durante o ato que consolidou a aliança do PMDB com o PSDB, no Cabo de Santo Agostinho, Jarbas aproveitou o ensejo para tecer críticas ao PT.
“O PT vive uma agonia, uma agonia prolongada. Essa agonia, que vai até o próximo dia 3, demonstra um partido rachado, quebrado, que deixou de lado a administração do Recife por uma luta que chama a atenção de todos. A gente tem campos opostos. O governador está esperando um resultado, já que tem um candidato dele, seu secretário de Governo licenciado, Maurício Rands, e nós temos o campo de oposição com os dois Rauls (Henry/PMDB e Jungmann/PPS), além de Mendonça Filho (DEM) e Daniel Coelho (PSDB)”, enfatizou.
O senador acrescentou que não foi possível unificar a oposição e que os partidos continuarão empenhados nessa missão, até junho, quando se aproxima o prazo para as convenções. “Mas se não alcançar nossa unidade, paciência. Teremos consciência de que ela foi tentada e não foi alcançada, mas vamos ver. Raul Henry é, evidentemente, o nosso candidato e vamos tentar manter nosso campo amistoso para que não surjam problemas que possam nos acompanhar no segundo turno”, disse.
Jarbas foi questionado sobre como o processo seria conduzido pelo governador Eduardo Campos, caso Rands seja derrotado nas prévias pelo prefeito João da Costa. E também se existe a possibilidade de Campos apoiar Henry. “Não posso falar pelo governador. É a ele que você deve perguntar isso”, resumiu.
Para o deputado federal Raul Henry, o elemento mais importante, neste momento do campo governista do Recife, é como está o sentimento da cidade. Como a sociedade está vendo essa situação do PT. “O sentimento é pela mudança. A coisa mais difícil que existe é fazer discurso de mudança quando a população quer continuidade, mas também é muito difícil fazer discurso de continuidade quando as pessoas querem mudança. Todos os sintomas que vemos nas ruas é o de esgotamento de um ciclo do PT. O esgotamento que eles próprios se encarregaram de deixar explícito com essa luta que está se dando em termos pessoais. Uma luta em que o debate foi para um nível que nunca se viu em Pernambuco, uma luta do poder pelo poder, e isso cria uma situação favorável para a oposição”, avisou.

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