segunda-feira, 7 de maio de 2012

Defesa do senador Demóstenes Torres pede mais prazo ao Conselho de Ética


O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) protocolou hoje (7) um pedido ao Conselho de Ética do Senado para que seja concedido mais prazo para a defesa dele. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro alega que ainda não teve tempo suficiente para estudar o relatório preliminar do relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), e pede mais dez dias para isso.

Para Castro, o amplo direito de defesa do senador ficará prejudicado se o conselho votar o relatório de Costa amanhã (8), conforme está marcado. O presidente do Conselho de Ética do Senado, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), disse que irá estudar esta noite a petição do advogado para decidir se acata o pedido.

“Amanhã darei um retorno. Eu vou ler o meu despacho [amanhã], fazer um resumo da petição dele e dizer se concordo ou não. Na verdade eu não tive nem com o relator ainda para conversar. Vou conversar ainda com ele e me debruçar sobre isto essa noite”, disse o presidente do conselho.

Se Valadares recusar o pedido da defesa de Demóstenes e o relatório de Humberto Costa for aprovado amanhã (8), um processo de investigação será aberto para apurar as denúncias resultantes de inquérito da Polícia Federal (PF) sobre o envolvimento de Demóstenes Torres com uma quadrilha de exploração de jogos ilegais em Goiás. Inúmeras conversas de Torres com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foram grampeadas pela PF durante as investigações. Cachoeira é acusado de chefiar a quadrilha que corrompia funcionários públicos e atuava no jogo do bicho e com máquinas caça-níqueis.

Nas conversas, os dois trataram de dinheiro repassado por Cachoeira a Demóstenes e do uso da influência do senador com outras autoridades para resolver assuntos de interesse do empresário. O nome de Demóstenes também é citado por outras pessoas da quadrilha em conversas grampeadas pela PF. Nesses diálogos há referências a valores que seriam pagos ao senador provenientes das atividades ilegais de Cachoeira. Demóstenes alega inocência. Se o processo de investigação for realmente aberto, ele pode resultar num pedido de cassação do mandato do senador que terá que ser votado pelo plenário do Senado.

Da Agência Brasil

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