A Comissão da Verdade, instalada nesta quarta-feira (16), terá um grande aliado para abrir a “caixa-preta” da ditadura: os Estados Unidos. O País terá um papel importante na busca pelos arquivos do regime militar implantado no Brasil pó-64. De acordo com o advogado José Paulo Cavalcanti Filho, membro do grupo, o primeiro contato com esses documentos deve se dar no próximo dia 29, numa das inúmeras reuniões que a equipe terá nos próximos dois anos.
Por telefone ao Blog da Folha, após participar de uma reunião com o grupo, o jurista pernambcucano afirmou que o início dos trabalhos tem sido mais organizacional e para pautar futuros depoimentos e encontros. Hoje, a comissão esteve reunida d eportas fechadas onde foram traçadas as primeiras metas. “Estou muito otimista com esse início de trabalho”, adiantou Cavalcanti.
Segundo José Paulo, foi decidido que a comissão terá um coordenador e, durante os dois anos de trabalho, todos os membros assumirão, pelo menos uma vez, a coordenação dos trabalhos. O primeiro coordenador será o ministro do Superior Tribunal de Justiça), Gilson Dipp. “O primeiro coordenador tem de ser de Brasília, pois tem de nomear as pessoas, instalar a comissão fisicamente. É muito mais fácil [isto] fazer morando aqui, do que morando em outro estado. Houve um consenso que deveria ser o ministro Dipp, mas todos serão coordenadores”, disse.
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