terça-feira, 27 de março de 2012

Na Índia, Dilma participa de cúpula do BRICS, que vai discutir o estímulo ao crescimento econômico

A presidenta Dilma Rousseff inicia amanhã (28), em Nova Délhi, capital da Índia, uma série de atividades e encontros relacionados à IV Cúpula do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O evento começa com um jantar em homenagem aos líderes do BRICS que devem discutir o estímulo ao crescimento econômico mundial. Ainda na quarta-feira, Dilma terá reunião bilateral com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

Na quinta-feira (29), Dilma participa de reunião de cúpula e assinatura de atos. Ela também terá encontros bilaterais com os presidentes da Rússia, Dmitri Medevedev, e da China, Hu Jintao. Na sexta-feira (30), Dilma fará sua primeira visita oficial à Índia, que inclui reunião bilateral com a presidenta Pratibha Patil e com o primeiro-ministro Manmohan Singh.
BRICS -- Esta será a segunda participação da presidenta Dilma em uma cúpula do BRICS, importante mecanismo de diálogo e interlocução das chamadas economias emergentes. Juntas, as economias de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul devem representar 56% do crescimento do PIB mundial em 2012. A IV Cüpula ocorre num momento delicado para a economia mundial por causa do agravamento da crise na Zona do Euro. O estímulo ao crescimento econômico estará, portanto, no centro das discussões.
O termo surgiu em 2001, mas o primeiro encontro entre Brasil, Rússia, China e Índia no âmbito do BRICS ocorreu em setembro de 2006, à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas. E o que era apenas um conceito comercial usado para classificar a forte expansão das economias daqueles países deu origem a um agrupamento incorporado à política externa, o BRICS, que, a partir de 2011, incluiu a África do Sul.
Economicamente, o BRICS possui um importante peso no cenário mundial. Entre 2003 e 2007, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial.
De acordo com doutor em Sociologia e professor de Relações Internacionais, Antônio Jorge Ramalho, o ambiente criado pelo BRICS inclui uma agenda de cooperação, diálogo e aproximação dos países, primeiramente no âmbito econômico para depois atingir o político. “O BRICS permite que os países que o compõe se apresente ao mundo como potências mais responsáveis, previsíveis, cautelosas”, disse.

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